
Conjunto de chá Vista Alegre - Década de 60 -
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Um pouco da história dessa porcelana...
A Vista Alegre é fruto do sonho do típico homem moderno do século XIX, José Ferreira Pinto Basto.
Influenciado pelo sucesso da fábrica de vidro da Marinha Grande, Pinto Basto decide criar uma fábrica de “porcelanas, vidro e processos químicos”.
Começou por adquirir, em 1812, a Quinta da Ermida, perto da vila de Ílhavo e à beira da Ria de Aveiro.
Pouco depois comprou também os terrenos envolventes, onde se incluía a Quinta da Vista Alegre, com um palácio, uma capela e diversos edifícios construídos em volta de um grande largo, tendo mandado construir aí a fábrica.
O alvará que autorizou o funcionamento da Fábrica da Vista Alegre foi concedido em 1824 por D. João VI, passando esta a beneficiar de “todas as graças, privilégios e isenções de que gozam, ou gozarem de futuro, as Fábricas Nacionais”, tendo o seu fundador associado à Fábrica os seus 15 filhos, ficando a sociedade denominada “Ferreira Pinto & Filhos”.
Apenas cinco anos depois, a Vista Alegre recebia o título de Real Fábrica, um reconhecimento pela sua arte e sucesso industrial.
A Real Fábrica da Vista Alegre começou por fabricar vidro enquanto empreendia empenhados esforços para a produção de porcelana.
Para a manufactura de porcelanas ainda decorreu um longo período de aprendizagem, atendendo a que esta era uma indústria nova no país e à dificuldade de encontrar as matérias-primas necessárias.
Em 1832 um golpe de sorte predestina a produção de porcelana em Portugal ao sucesso. É encontrado um jazigo de caulino e este estava situado em Aveiro, próximo de Ílhavo, o que tornava o seu transporte relativamente fácil.
A partir dessa data a Fábrica intensificou o trabalho e dedicou-se ao aperfeiçoamento da porcelana, conhecendo um período áureo, que culmina em finais do século XIX.
A contribuição de artistas estrangeiros, como Victor C. Rousseau, foi importante, sobretudo para a criação de uma escola de pintura ainda hoje famosa.
Em 1851, as porcelanas da Vista Alegre são expostas no Cristal Palace, em Londres, com grande sucesso.
Em 1852, D. Fernando II visita a Fábrica e encomenda uma baixela completa.
Na Exposição Universal de Paris de 1867 a Vista Alegre recebe pela primeira vez um prémio universal.
Durante os anos que se seguiram, e até ao final da Grande Guerra, o anterior período de brilho foi ofuscado as conturbações sociais encaminharam a empresa para grandes dificuldades.
Contudo, o espírito introduzido pelo fundador e a manutenção da escola de desenho e pintura, estimularam a reorganização e modernização da empresa.
As peças atingem neste período o nível das suas mais notáveis congéneres europeias.
A partir de 1947 e até 1968, os contactos internacionais, a formação de quadros técnicos especializados, a aquisição de outras empresas, levaram a Vista Alegre ao desenvolvimento técnico e industrial esperado, assim como ao alargamento da oferta a novos mercados.
A Fábrica, chegada à sua maturidade, dá agora assistência técnica e artística a outras fábricas europeias.
Em 1964 é inaugurado o Museu Histórico da Vista Alegre expondo ao público peças representativas do longo e rico caminho percorrido.
Surgem as primeiras séries limitadas e as reproduções para Museus e é criado o Clube do Coleccionadores, reflectindo a importância da Vista Alegre no mercado da Arte.
É inaugurado o Centro de Arte e Desenvolvimento da Empresa (CADE) com o objectivo de controlo da qualidade e fomento de novos modelos e decorações.
Em 1997 concretiza-se a fusão com o grupo cerâmico Cerexport que originou quase a duplicação do volume de negócios da VAA, nomeadamente nos mercados internacionais.
Em Maio de 2001 dá-se a fusão do Grupo Vista Alegre com o grupo Atlantis, formando o maior grupo nacional de Tableware e sexto maior do mundo nesse sector: o Grupo Vista Alegre Atlantis.
A holding resultante actua em áreas tão diversas como porcelana de mesa, decorativa e de hotel, faiança, louça de forno, cristal, vidro manual e redes de retalho e distribuição.
A Fábrica de Porcelana Vista Alegre, pela sua história e tradição, mantém-se a mais emblemática das quatro unidades industriais que compõem o grupo, com uma capacidade de produção de cerca de 15 milhões de peças por ano, entre porcelana decorativa e doméstica.
Hoje a Vista Alegre, para além de ser líder de mercado em Portugal e possuir uma das melhores e mais automatizadas fábricas de porcelana de todo o mundo, continua a desenvolver e a preservar a porcelana feita e trabalhada à mão, honrando a sua história e tradição.
As peças Vista Alegre brilham nas vitrinas de museus tão famosos como o Metropolitan Museum of Art de Nova Iorque.
É sem dúvida uma instituição, em Portugal e no mundo, sinónimo de excelência e inigualável qualidade.
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